Mamoplastia redutora
É também denominada mastoplastia redutora. A técnica mais utilizada consiste na retirada do excesso de pele, gordura e tecido mamário da região inferior, lateral e central das mamas.
Pode ser realizada em mulheres a partir de 16 anos, quando as mamas estabilizam o crescimento da puberdade. A principal indicação para o procedimento é o tamanho excessivo das mamas, que pode causar dores nos ombros e dorso, assaduras na pele embaixo das mamas, dificuldade para encontrar vestimentas e constrangimento social. Presença de flacidez da pele e das mamas também é queixa frequente, em geral decorrente de gestação ou grandes emagrecimentos.
Na consulta médica será feito o diagnóstico e exame físico e solicitados todos os exames pré- operatórios pertinentes. Nesse momento, será dedicada especial atenção aos antecedentes familiares de doenças mamárias, incluindo o câncer. Serão solicitados exames de imagem como ultrassom de mamas e mamografias conforme cada caso.
A cirurgia começa seguindo a marcação de caneta cirúrgica feita previamente. Através de diversas técnicas disponíveis, são realizadas as ressecções de excesso de tecido e a montagem do tecido remanescente para dar forma à mama. Em mamas grandes, em geral as aréolas e os mamilos estão mal posicionados ou “caídos”, por isso, nesta cirurgia é realizado o reposicionamento do conjunto auréolas-mamilos para uma posição mais central nas mamas.
A extensão das cicatrizes varia conforme o tamanho e a flacidez da mama. Quanto maior a mama ou quanto mais flacidez de pele, maior será a cicatriz horizontal inferior. Em casos extremos, denominados gigantomastia, as cicatrizes das mamas operadas podem se unir no centro do tórax da paciente.
São realizadas as suturas em diversas camadas até a parte superficial da pele.
Pode ser necessário o uso de dreno para o pós-operatório, em geral por 2 a 5 dias.
A anestesia pode ser peridural associada à sedação ou geral.
O tempo médio da cirurgia é de 3 a 5 horas. O período de internação médio é 1 dia.
Recomendações pós-operatórias
A área operada apresenta edemas ou inchaços e áreas arroxeadas na pele por períodos variáveis, mas em geral tênues após 3 meses.
A cicatriz da mamoplastia é permanente (não desaparece) e leva cerca de 6 meses a 2 anos para amadurecer completamente. Seu aspecto depende de fatores genéticos individuais (pessoas com tendências a quelóides poderão ter cicatrizes mais avermelhadas ou largas) e dos cuidados pós-operatórios do paciente.
Dúvidas frequentes
Após a mamoplastia redutora uma mulher pode amamentar normalmente?
A maior porcentagem de mulheres que realizam essa cirurgia consegue amamentar. Porém algumas terão menor produção de leite, e outras não conseguirão. Isso não é previsível, depende do quanto tecido mamário (além de gordura) cada mulher tem em suas mamas e também de fatores hereditários.
As mamas podem crescer, cair ou ter flacidez novamente após a cirurgia?
Sim, processos de ganho e perda de peso, gestações após a cirurgia e o próprio envelhecimento vão causar alterações nas mamas. Para retardar e minimizar essas modificações, é fundamental uma vida de hábitos saudáveis com controle de peso, nutrição inteligente, prática de exercícios físicos e não fumar.
Após a mamoplastia redutora pode ocorrer alteração na sensibilidade das mamas?
Sim. Pode haver redução temporária ou permanente e em casos raros perda total da sensibilidade na pele das mamas.
Após a mamoplastia é possível realizar os exames periódicos de ultrassom, mamografias, ou ressonância magnética das mamas?
Sim, os exames preventivos podem e devem ser realizados normalmente no pós-operatório, conforme indicação médica.